quinta-feira, 16 de abril de 2009

Panorama da produção de leite no Oeste baiano


Mais emprego e renda: produção regional de leite chega a 100 mil litros




Texto Alcides Viana – Foto Ney Conti




O ano de 2008 foi iniciado cheio de incertezas para o mercado do leite no País. Poderia haver racionamento de energia, disparada dos preços dos insumos, estagnação da capacidade de processamento por parte das indústrias, entre outras. Estamos na metade do ano e verificamos que algumas não se confirmaram, como o racionamento de energia elétrica, felizmente. Mas, em compensação, a disparada dos preços dos insumos se confirmou e ainda está em pleno curso. As altas históricas nos preços do petróleo, aumento da demanda mundial por fertilizantes, aumento do consumo de grãos e cereais, todos esses fatores têm forte influência nas constantes altas que toda a cadeia agropecuária vem experimentando desde o segundo semestre de 2007.




No Oeste da Bahia, a produção de leite em escala começa a se fortalecer em meio a todo esse cenário de euforia dos preços agropecuários. O surgimento de uma cooperativa de produtores de leite, em Barreiras, o município pólo da região Oeste, com produção atual de 10,4 mil litros/dia no período chuvoso e de 8 litros/dia, na entressafra. A implantação de plantas industriais para o processamento de leite na região, distribuídas estrategicamente, como é o caso do laticínio Lactolem, no município de Luís Eduardo Magalhães, onde se produz grãos, e ainda é margeado por outros grandes municípios produtores de grãos, como São Desidério. Em Luís Eduardo Magalhães, também funciona indústrias beneficiadoras de soja e de caroço de algodão. Apesar desses fatores positivos, José Carlos Levi Guedes, membro da cooperativa de produtores de leite de Barreiras, enfatiza que um dos maiores entraves à produção do leite na região é a comercialização, além da recente alta dos principais insumos: milho e os derivados da soja.




Em Wanderley, onde se encontra o maior rebanho bovino do Oeste baiano, com mais de 117 mil cabeças, e produção de leite estimada em torno de 10 a 12 mil litros/dia, no período chuvoso, também há uma planta beneficiadora de leite. O montante que não é processado em Wanderley é escoado para Serra Dourada, o município com a maior produção de leite na região. No período de chuvas (safra), a produção é de 60 a 70 mil litros/dia, baixando para 45 mil litros/dia na entressafra, informou a secretaria de agricultura municipal. Segundo o órgão, de 25 a 30% do rebanho bovino de Serra Dourada, corresponde a animais de linhagens leiteiras.




Municípios com maior produção de leite no Oeste da Bahia (safra).
Município Produção média/litros/dia
Serra Dourada 65.0000
Luís Eduardo Magalhães 8.000
Barreiras 10.400
Wanderley 10.000
Outros municípios 15.000
Total 108.400
Fontes: Laticínios, Cooperativa de leite do Oeste da Bahia e Secretarias de Agricultura de Serra Dourada, São Desidério, Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e Angical.
Elaboração: Acrioeste e AVGN – Alcides Viana Gestão de Negócios




Diante deste cenário, a Acrioeste está contribuindo com o crescimento deste setor, trazendo para a região animais das melhores linhagens leiteira de grandes planteis do País.




No início do mês de junho foram comercializadas matrizes da raça Gir no leilão promovido pela Acrioeste durante a feira Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhães. Durante a 26ª Expo Agro Industrial de Barreiras 2008 (22 a 29 de junho), terá leilão com matrizes Girolando, e animais à venda nos currais, também. “Assim, estamos mantendo as nossas ações que vão de encontro aos interesses dos criadores de gado da região, e com os produtores de leite não será diferente, estaremos sempre buscando auxilia-los com a nossa Acrioeste”, afirma Ricardo Simões Barata, presidente da entidade.



Fonte: Jornal Nova Fronteira

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